É coisa de negro, sim senhor!

"É Coisa de Negro, Sim Senhor”, de Paulo Cézhar Luz, mergulha nas profundezas da história racial brasileira, explorando a luta e a força do povo preto como pilares da nossa sociedade

Sobre a obra

E de repente percebi alguns itens dos tempos das correntes ainda na atualidade. Nada de castigos e chicotes, algo mais camuflado que, de vez em quando, explode e se revela na sua enorme crueldade: toda uma estrutura baseada na cor de pele. Se és negro, um ponto a menos na sua classificação como cidadão.

Então a necessidade de fazer algo, dizer, argumentar, enfim, num apanhado de vivências, o meu ponto de vista: o ser preto, a importância para esta nação, o território das misturas. Dramática miscigenação no passado, mas visível realidade nos vários tipos de brasileiros.

Chego a conclusão de que há longo caminho para se reverter a situação. Afinal, séculos debaixo da escravidão e após uma “liberdade” comprometida com outros interesses, que deixou de lado as causas humanitárias, não há como não sofrer com os resultados desse processo histórico. Portanto, a conscientização da cidadania, independente da cor da pele, de se estar ou não na base da pirâmide, é uma questão do aqui e agora. Porque somos, os afrodescendentes, pedras fundamentais da sociedade brasileira ainda hoje. Então, o Brasil também “É Coisa de Negro, Sim Senhor”!

Sobre o autor

Paulo Cézhar Luz

Paulo Cézhar Luz, cantor, violonista e compositor, natural da cidade de Santos, Estado de São Paulo. Estreou como profissional em 1980 no grupo Copos e Bocas, com o qual participou de festivais e fez apresentações com um repertório que já incluía suas composições, próprias e em parcerias.

Em 2003 criou o Projeto Autoria com a proposta de promover e buscar espaço para os compositores locais. Com o mesmo objetivo, aderiu em 2017 ao Movimento Santo de Casa, coletivo que vem realizando mostra e produções de música autoral em toda a Baixada Santista.

Em 2021 lançou nas plataformas digitais seu primeiro single Ser Esperto (E Acabar Com o Problema). Completam a discografia os singles O Rock do Toque ( 2021), O Fruto (2022) e Femina ( 2022).

Adicionalmente, dá aulas de Violão e Canto Coral no Conservatório Musical Heitor Villa Lobos, em Santos. É ainda escritor, tendo seu texto Quatro Quartos encenado pelo grupo TESCOM ( de 1996 a 2000), participações em coletâneas de contos e publicado pela Darda Editora os livros O Condomínio Brasil (2018) e Metamorfose Juvenil (2019).

Patrocinio:

Projeto contemplado no 2º Concurso de Arte Preta do Município de Santos